quinta-feira, 17 de julho de 2014

Resenha: Maze Runner - Correr ou Morrer (James Dashner)

O trailer que tem surpreendido muita gente (veja abaixo) é originado de uma distopia igualmente surpreendente. Em “Maze Runner: Correr ou Morrer” um dos grandes diferenciais da narrativa é que não sabemos nada além do personagem principal, que perdeu sua memória e só lembra-se de seu nome, Thomas. Ele inicia o livro em uma espécie de caixa, e após a tampa se abrir, o garoto de aproximadamente 15 anos se vê em um local totalmente desconhecido, a Clareira, o centro de um labirinto, onde cerca de 50 meninos, vindos da mesma forma que o protagonista, organizam uma sociedade de clareanos, com rotina e regras próprias.
Enquanto Thomas conhece o local e os novos amigos, os mistérios são apresentados aos poucos, com calma, e as descrições das cenas de ação e suspense foram responsáveis pelos três ataques cardíacos que tive enquanto lia. Palavras desconhecidas e estranhas, criadas pelos próprios garotos, como plong, trolho e mértila, são usadas em todo o livro e reforçam a ideia de confusão.
Uma das coisas mais interessantes desse início é perceber a organização adotada pelas crianças para sobreviver e tentar escapar do labirinto, os cargos e as ocupações de cada um, os julgamentos, com direito até a sentença de morte, e o quanto se assemelham com uma sociedade comum e civilizada. Thomas passa por cada uma dessas ocupações, e desde o início demonstra interesse em ser um dos Corredores, responsáveis por sair da Clareira e percorrer todo o labirinto em busca de uma saída ou desvendar a charada das paredes que mudam de posição todas as noites.
Os Criadores podem ser citados como os principais vilões deste primeiro livro, são os responsáveis por colocar os meninos no labirinto, mesmo que não saibamos seus nomes ou seus motivos, mas a parte sombria do livro começa quando somos apresentados aos Verdugos. São robôs misturados com animais, que rondam o labirinto à noite a procura de Clareanos para matá-los, e foram enviados por esses Criadores.
O fato de que Thomas será o grande herói da Clareira e possuirá habilidades maiores do que os demais pode ser bem clichê, mas durante todo o livro somos surpreendidos diversas vezes, como no momento em que uma garota, Teresa, chega pela caixa e anuncia o “fim de tudo”, antes de entrar em coma. Um furacão de acontecimentos se inicia a partir daí, como o desaparecimento do Sol e o fim dos alimentos e materiais que eram enviados também pela caixa.  
A Vergara & Riba, editora responsável pela versão brasileira, conseguiu trazer toda essa atmosfera para a capa e corpo do livro, além de um presente para os fãs, a imagem de um Verdugo no verso.  O filme estreia dia 18 de Setembro de 2014, e para quem gostou desse primeiro livro do James Dashner uma boa opção é o primeiro volume do trilogia As Doutrinas da Morte – O Jogo Infinito, lançado esse ano no Brasil, que segue a mesma linha de aventura e suspense.

 


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